Arnobio Rocha Reflexões Os fados da vida (Post 109 – 63/2011)

110: Os fados da vida (Post 109 – 63/2011)

Os fados da vida

 

Recentemente escrevi três  post em que a Morte era uma consequência do comportamento de cada um dos mitos Gregos :

Alceste: Amor ou Morte;

Hipólito – Castidade ou Morte

Antígone – Liberdade ou Morte

Cada um deles, a sua maneira, encontra na Morte a resposta para sua luta e dor. Inapelavelmente os fados funestos. O tema morte é um dos piores para ser escrito ou mesmo falado, como diz o poeta Vinicius, com muita precisão: “Quem sabe a morte, angústia de quem vive”. É toda nossa breve existência é saber que ela finda.

Fiz um post sobre a morte/espetáculo de Amy Winehouse ( para refletirmos a nossa sociedade que no fundo consome a tudo e a todos e transforma a morte num espetáculo para mais consumo, sem jamais se preocupar com o ser humano por trás da máscara artística. Mas é um visão longe, não de quem convivemos proximamente.

Dimitri : Presente , Hoje e sempre

Neste sábado, mais uma vez, a ordem natural das coisas e da vida se inverteu e me deixou muito abalado emocionalmente, o Jovem Dimitri Sena com menos de 24 anos nos deixou, num acidente estúpido, uma morte instantânea que pega os amigos, parentes e principalmente os pais sem poder fazer qualquer apelação.

Dimitri era filho de um grande amigo e camarada de longas jornadas, o querido Acrísio Sena. Somo amigos tem mais de 25 anos, e algumas vezes Dimitri e Yuri (irmão mais velhos) nos fizeram companhia em debates, plenárias, sem entender o que aqueles malucos tanto brigavam. Nos fins dos anos oitenta vim embora para São Paulo, mas mantive contato estreito com Acrísio, várias vez nos visitou e ficava em nossa casa.

Surpresa quando ano passado, Acrísio indicou para que seguisse no Twitter aquele garotinho de então, agora um belo rapaz, cheio de alegria e vida. Ele e eu partilhávamos de uma paixão comum: Corinthians. Várias vezes trocamos idéias sobre política, mas principalmente nos momentos de sofrimento de assistir aos jogos do timão, pois todo corinthiano é “maloqueiro e sofredor: Graças a deus”.

Minha mais absoluta solidariedade aos pais do querido amigo, que compartilhei tão pouco, que nos deixa tão cedo, no fundo, morremos um pouco juntos. Vamos seguir os nossos sonhos e, que naquela estrela, nosso querido Dimitri continue a brilhar e a sorrir para nós.

 

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