Arnobio Rocha Crise 2.0 Crise 2.0:Ah, os banqueiros!!

193: Crise 2.0:Ah, os banqueiros!!

 

 

A Crise 2. 0 que teve início nos EUA em 2008, com de alguns dos principais bancos, que praticamente engessou o fluxo de capital e créditos mundiais, custou cerca de 5 trilhões ao Governo Americano, com perdas líquidas de 2 trilhões, atingiu a Europa e o mundo. Mas, apenas em 2011 é que se generalizou no velho continente, virando uma crise das dívidas públicas, ou mais precisamente da falência dos estados soberanos ante aos bancos. (Crise Mundial 2.0 (2008-2011)

Dias atrás escrevi sobre a Crise 2. 0: O tamanho do rombo do refinanciamento dos títulos de governos, bancos e empresas no mundo para 2012, algo em torno de 10,5 Trilhões de dólares. Uma enormidade diante de um “mercado” cada dia mais restritivo de crédito e cada vez mais voraz no seu apetite.

 

A Crise continuará em 2012

 

(Mario Draghi – o dono do cofre)

Agora estes números ficam mais mastigados na Zona do Euro, que precisará a bagatela de 1,351 Trilhões de Euros (1,75 Trilhões em Dólares), porém com uma série de agravantes, quase 500 bilhões vencem no primeiro trimestre de 2012, estes valores são das dívidas públicas, aqui não se tem o que devem  bancos e empresas.

“Os dados são de um relatório do Deutsche Bank, que considera os vencimentos de bônus e cupons, além dos títulos com vencimento inferior a um ano, das dívidas da Alemanha, França, Itália, Espanha, Holanda, Bélgica, Grécia, Áustria, Portugal, Finlândia e Irlanda”.(Estadão, 22/12/2012)

A reportagem do Estadão traz uma série de novos números e seus impactos nos já pressionados governos europeus. A crise das dívidas dos governos tende a piorar ainda mais na Europa, em particular no primeiro trimestres

“Em 2012, o país com o maior volume de vencimentos de bônus é a Itália, com € 371 bilhões ao longo do ano. Em seguida vem a França, com € 309 bilhões, seguida da Alemanha, com € 249 bilhões. A Espanha precisa pagar € 145 bilhões.

O período mais crítico para os países da zona do euro, cujos governos enfrentam dificuldades de financiamento desde o início da crise grega, em meados de 2009, será o primeiro trimestre. Somente em fevereiro de 2012 os vencimentos de dívida da Itália somam € 63 bilhões. Para a Espanha, uma das maiores concentrações é em abril, quando vencem € 26 bilhões em dívidas”.

 

Ora, por outro lado o (Super)Mário, versão um, do BCE, distribuiu aos seus ex-colegas de banca,  489 Bilhões de Euros, para que estes recomprem títulos dos governos em crise e ampliar o escasso crédito na Europa. Draghi ex-banqueiro do Goldman Sachs, agora número do BCE, entende bem como tratar seus parceiros.

No entanto, nem com a enxurrada de dinheiro, o eterno apetite do “Deus Mercado” não foi satisfeito, o valor foi superior ao esperado, na verdade mais que o dobro do que era especulado. Porém, passada as primeiras horas de euforia, se percebeu que não era emissão de títulos e sim emissão de moedas e que segundo Celso Ming Esse novo despejo de dinheiro não resolve o principal problema de fundo da área do euro: persistência de endividamento insustentável por grande parte dos países do bloco. Tampouco tira o euro do terreno de areia movediça em que está atolado por insuficiência de fundamentos (falta de unidade fiscal e política entre os Estados da Eurolândia)”.

Mesmo com muito, eles acham pouco, as cortinas se fecham mais uma vez..

 

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