Arnobio Rocha Reflexões Dos Lopes e Dos Rochas

470: Dos Lopes e Dos Rochas

 

Avós, Netos e Bisnetos

Hoje, aqui no blog, escrevi mais dois Roteiros, para agregar mais conteúdo à  nova categoria do Blog, chamada “Roteiros”, que tem como objetivo unir posts dispersos sobre assuntos comuns. Com isto, os amigos que aqui frequentam, terão mais informações sobre um determinado assunto. Facilitar acompanhar as várias linhas de pensamentos e temas que são tratados por este autor, dando uma visão mais completa e de forma mais rápida, do que pesquisar um a um os posts. Até mesmo para mim, tem servido como revisão e consulta de temas abordados.

 

Os roteiros publicados poderia ser resumidos em um, pois tem como cerne a minha família, tema sempre emocional, complicado e caro de escrever. Mas, quando comecei a avançar no texto, percebi que seria impossível não separá-los, então eles são mais ou menos assim: O primeiro Minhas Origens, que tratam dos meus avós e pais, de nossa bela ascendência, todos eles são reverenciados por nós, com orgulho e imenso amor. São homens e mulheres de origens simples, mas que souberam viver bem, criar bem, amar muito e passar o fundamental a todos nós: Amor, Carinho e Camaradagem.

 

O segundo roteiro, é o porvir, fundamentalmente a minha família, em particular nosso grande desafio de vida, a luta pela saúde de nossa filha mais velha, A Força da Cura, é antes de tudo nosso estado de espírito, nossa doação. Somos postos à prova de que matéria somo feitos. O peso recaí sobre nós, os pais. Mas nossas origens são tão fortes, que dividimos entre todos os irmãos, parentes um pedaço desta corrente. Passamos os mais intensos, desesperadores instantes, sem que isto nos fizesse perder a fé de que iremos vencer. Rever o quanto escrevi sobre as meninas me deixou surpreso, nem sabia ou percebia que avolumava, mas sempre, para mim, parecerá que é pouco.

 

Os comentários colhidos, tanto no blog, quanto nas redes sociais, nos dá mais fortaleza, emoção. Uma certeza de que estamos conversando tão francamente com cada um, mostrando nossas mazelas, nossas falhas, mas também nossos acertos, como lutamos, como damos o bom combate. A referência apaixonada aos nossos ancestrais, tão vivos em nossa memória, presentes em nosso caráter, nos gestos característicos, as lições que eles passaram de geração a geração, que agora transmitimos aos nossos.

 

Jamais aqueles velhos patriarcas imaginariam um filho ou um neto ir além daquelas fronteiras, pois, primeiro viria a luta pela vida, sobreviver. Depois, orgulhosos ficaram quando seus filhos cresceram, muitos estudaram, fizeram faculdades, venceram aquela “cláusula de barreira”. Alguns foram mais longe,como o Tio Padre Assis, uma espécie de guia/guru de todos nós, que viveu longamente na Europa, mas que voltou o mesmo Rocha que saiu, amigo, amável e simples. Trocou o fausto do Vaticano pela seca e enfrentamento dos coronéis. São exemplos que nos orgulham e dão luz ao nosso dia a dia.

 

Quando contamos aos nossos filhos, as estórias e histórias, que aprendíamos nas farinhadas, nas noites iluminadas pelos lampiões, na Santa Maria, ou aos pés do vovô em Santana, eles entendem o quão rico é seu nome, a força de nossos genes, a luta de todos eles, agora nossa, depois deles, para construir uma vida digna, solidária, feita de amor, partilhamento e amizade. Sabemos como estes “velhos” valores se distanciam de todos nós, mas procuramos lembrar que eles existem e devem ser carregados dentro de nós.

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