Arnobio Rocha Reflexões Os extremos: Pessimismo e Otimismo

986: Os extremos: Pessimismo e Otimismo

Pessimismo e Optimismo : De - Giacomo Balla

Pessimismo e Otimismo : De – Giacomo Balla

Estou assistido uma onda de péssimo que ameaça virar um tsunami, tenho observado que as pessoas se deixam impressionar com tanta facilidade que o desespero e o apelo de que “nada presta” ou o #acabamundo vira uma saída fácil. Bem, não vou julgar os que assim pensam ou que foram “sequestrados” pela onda de horror. A única coisa que busco é não ser contaminado por sentimentos tão ruins, pois a vida é dura por si só, então quanto mais jogamos para baixo nosso ânimo, as coisas só vão piorar, não tem solução simples.

Ao mesmo tempo não entro no bloco do mundo colorido, de que tudo vai bem, de que não existe problema ou simplesmente fingir que eles não existem e não nos atingem. O escapismo é similar ao outro lado, pois ignorar os males da vida e do mundo é viver fora da realidade, não enfrentar os problemas de frente ou apenas se alienar do mundo, para viver uma história paralela, algo como uma “second life”. A internet, aliás, virou uma matrix e uma grande possibilidade para este tipo de fuga da vida real, como se ela não existisse.

A vida é uma coisa mágica, pois ela te traz todas as potencialidades que dela se consegue ter, os prazeres imensos, o conhecimento amplo, o amor, as coisas do mundo, as criações humanas/divinas, os encantos da natureza, da tecnologia. Mas, ao mesmo tempo, a vida é um permanente dolor, os medos, as doenças, a fome e a miséria a luta pela sobrevivência, a extrema fragilidade do nosso corpo. Ou seja, o ser humano é dual em tudo e mais ainda em si mesmo, carregamos problemas e soluções, dos mais simples aos mais complexos, esta é a lógica mais dura que tentamos compreender no viver.

As doenças da alma (os extremos acima expostos) são as que mais nos assusta nos dias atuais, pois a cura é incerta, uma série de fatores são levados em conta para combater estes males. A própria visão de mundo, de como se encara a realidade, sem dúvida, contribuirá decisivamente para que se saísse de determinadas situações limites. O que torna mais difícil é que não há fórmula pronta e acabada, uma droga ou conjunto de drogas que levem à cura, os problemas e a complexidade deles são questões íntimas, particulares, não dando chances a qualquer generalização.

As dores e as doçuras da vida é que dão sentido à nossa existência. Mas temos que aprender a nos equilibrar entre os extremos, pessimismo vs otimismo, o que  é uma tarefa cada vez mais complicada. Muitos aspectos de nossos males e alegrias estão fora de nós, mas dentro de nós pode  estar a verdadeira resposta, a chave de como se manter firmes diante dos opostos que nos assombra, pois até a felicidade, dependendo do estado de espírito, pode ser doloroso ou produzir uma “culpa”, algo como ser egoísta diante do sofrimento dos demais.

Sigamos ouvindo mais e falando menos, principalmente músicas.

Metallica – Nothing Else Matters

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