Arnobio Rocha Política Cenário Eleitoral: O Crescimento da Esquerda e o 2º Turno – Civilização x Barbárie.

Cenário Eleitoral: O Crescimento da Esquerda e o 2º Turno – Civilização x Barbárie.


A evolução dos números mostram um embate entre civilização x Barbárie. (Fonte IBOPE, 24.09)

A maioria desconfia de pesquisas eleitorais, sempre com uma certa razão, raramente, nesses 9 anos de blog briguei com os números, favoráveis ou contra. Em geral elas captam um sentimento preciso para aquele momento, como também têm um caráter bem definido onde realizar sua sondagem, o que pode distorcer, mas não errar tanto, pois a credibilidade iria à Zero.

Dito isso, essa sequência de cenários eleitorais que venho fazendo semana a semana, demonstram algumas coisas bem nítidas:

  1. A volta do PT centro do jogo político nacional de forma inequívoca, a tática Lula se mostrou excelente;
  2. A tendência de que o PSDB vai virar partido regional, mais especificamente de São Paulo;
  3. A Direita Fascista ganhou cara e corpo com o Inominável;
  4. A derrota dos Golpistas será acachapante, independente de quem vença nesse cenário;

A Inteligência tática do PT, comandada pelo gênio Lula, vai se demonstrado extremamente correta, de partido estigmatizado, atacado 24 horas por dia em todas as mídias, apeado do governo num golpe parlamentar, em menos de dois anos, se recupera e com grandes chances de voltar ao governo central, caso ocorra, será para teses acadêmicas e políticas.

A campanha de Alckmin pode se tornar um vexame e uma condenação cabal do PSDB, se transformando em força apenas regional, numa espécie de feudo paulista, perdendo importância e caminhando para um esfacelamento. O risco maior é de que na última semana fique sem apoio até de seus mais próximos partidários, como Dória Jr, que passa a pensar apenas em sua candidatura ao governo.

A candidatura do inominável é uma grande vitória da Direita mais radical, aquela que resolveu sair do armário, distribuindo preconceitos e um deserto de proposta. Contra tudo, contra o “sistema”, apelando para os baixos instintos, jamais foi associado diretamente ao Golpe ou ao Temer, a quem apoiou fielmente. Isso revela que a crise econômica e política, também é onde se alimenta a candidatura neofascista.

Por fim, se consegue ler nos números, que ninguém associado ao governo Temer terá vida fácil, sem nenhuma importância eleitoral, ao contrário, todos os golpeados por ele, se redime, vide o PT. É o castigo que tão bem sintetizou Brizola: “O Brasil ama uma traição, mas não perdoa os traidores”. Só sobrou a ele o papel ridículo de youtuber decrépito, sem nenhum apelo.

O desespero do Centro e da Direita é exorcizar sua cria, o Inominável, o que, em parte, libera o caminho para Haddad seguir numa boa toada, ele não precisa explicar o Inominável, quem o pariu, terá que balançar a criança ou desconstruir, a questão é: Dará tempo?

A perspectiva de um segundo turno entre Haddad e o Inominável, será da civilização versus barbárie, um duro embate político que pode criar um polo democrático que permitirá, ao Haddad, um governo com mais apoio e uma relação política que suplante o balcão de negócios do congresso. Um momento grave, que pode ser transformar numa grande oportunidade civilizatória.

Ao embate, faltando 13 dias para o voto.

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