Arnobio Rocha Política A Lorota de Janot – O Faroeste Caboclo.

A Lorota de Janot – O Faroeste Caboclo.


Janot x Gilmar: O Faroeste Caboclo, a barbárie venceu.

O Brasil entrou no modo piloto automático de escândalos, os quinze minutos de fama se reduziram para quinze segundos, não se dá conta de tantas extravagâncias, em produção em série. Quando se assimila um golpe, vem um mais forte e é um ciclo vicioso, que destrói os conceitos elementares de civilidade, de democracia e, principalmente de Estado de Direito.

As revelações das mensagens abjetas dos Procuradores da República de que venderiam palestras para grupos econômicos, numa momento de reflexão sobre consequência, a resposta foi “já estaremos ricos”. Ou seja, o crime ou a infração grave administrativa, compensam. Logo depois, as mensagens mostram a forma covarde que tratam as mortes dos familiares de Lula, revelam o caráter de cada um deles.

Como também não custa lembrar da famigerada ONG que agora se sabe para qual fim seria usada, o ambicioso Procurador quer o Senado, quem sabe o juiz não queira a Presidência, se estabelece uma república de toga em que o Direito é mero instrumento de perseguição ao inimigos, de proteção de amigos e, fundamentalmente, fonte de acumulação de riqueza para aqueles que o maneja, de forma desvirtuada.

Entretanto o fundo do poço ainda não havia chegado, há sempre um “volume morto”.

Ontem o ex-PGR, Rodrigo Janot, desceu ao volume morto e fez uma revelação bombástica, de que teve a intenção de matar o Ministro do STF, Gilmar Mendes. Fora de si, segundo ele, entrou armado no STF e próximo ao plenário avistou o Ministro Gilmar, mas “deus” segurou sua mão, pois queria matar e logo depois se suicidaria. Isso não é pouca coisa, sendo verdade, ou mesmo que não passe de uma lorota.

A gravidade de tal revelação, feita no momento em que Janot, aposentado, longe dos holofotes, irá lançar uma espécie de autobiografia, num golpe de marketing, prefiro acreditar nisso, conta essa estória francamente inverosímel, e completamente irresponsável, mancha de forma indelével a imagem da PGR, não se trata de um mero cidadão, é uma instituição que ele por longos anos dirigiu, mal, mas dirigiu, pelo desejo da maioria de seus pares.

Obviamente que o livro, alguns trechos revelados, ele tem a muleta mágica, dizer que está convicto de que “Lula é corrupto”, ainda que ele e seus comandados não tenham produzido provas para balizar sua “convicção”, que não passa de mais uma fanfarronice, desse personagem medíocre, que agora se mostrou à luz, toda sua pequena estatura moral, jurídica e política. Para alguma coisa serviu o livro.

Por fim, pensemos, o que mais falta ao Ministério Público para destruir-se como instituição? O desgaste, especialmente por conta da Lava Jato, que continuam levando em frente como se nada tivesse acontecido. Talvez um escândalo Sexual seja a cereja do bolo.

De onde nada se espera, nada virá.

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