Arnobio Rocha Reflexões Incertezas Que Consomem o Mundo e a Vida

1633: Incertezas Que Consomem o Mundo e a Vida


Há mais interrogações do que perguntas fundamentais sobre o mundo e a vida, apenas para confundir.

Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes?” (Hamlet – Shakespeare)

A Quarentena, o isolamento social, sem contatos próximos, foi imposto pelas circunstâncias especiais de absoluta necessidade de sobrevivência da espécie.

O que de fundo nos parece é que já vivíamos há muitos anos esse afastamento real das pessoas, dos amigos, dos amores, das relações familiares, o que acontece hoje é só uma projeção do ontem. de forma acentuada.

Mais ainda, vive-se as incertezas sobre o presente e o futuro, entretanto, nessa última década, já se vivia sob as incertezas até do passado, dos feitos humanos, de suas descobertas científicas, técnicas, históricas, humanas, ecológicas, tudo substituído pelo EU, pelo “achismo”, algo como, ouvi numa conversa: “Esse papo de inquisição é invenção”, como assim? Até o papa pediu perdão. “ora, por favor, o papa é comunista”.

Outro jura de pé junto que a terra é plana e que é uma farsa (um pecado?) pensar diferente, tem-se que voltar para a fé, para religião, para Deus (qualquer um), pois essa vida materialista é que criou essa ideias de leis da gravidade, viagens para lua, átomos, prótons, todas as dores e guerras, só para afastar o homem (a mulher não?) do criador, aquele que nos deu a vida.

Esse tipo de pensamento tomou conta da humanidade, desde aquela mulher que diziano vídeo que Hillary era comunista e que era instrumento dos chineses, ao mesmo tempo que era gayzista. Passando para o que repetia que Haddad era abortista e que faria as crianças estudarem o Kit gay, além de distribuir mamadeira de piroca, como forma de se acostumar com o homossexualismo.

São partes de um mundo que começa a rever o passado, a questionar a eficácia de vacinas, ou faz publicar em material didático que os dinossauros desapareceram no “dilúvio”. Aguardemos, pois em breve a “cegonha” vai voltar a ensinar como se dá o nascimento.

Esse conjunto de bobagens se tornou força política que elegeu todo tipo de imbecil, criacionistas, estúpidos, que passam a decidir sobre a vida, história e ciência.

Numa pandemia como essa, elegem os comunistas ou judeus (ou ambos), responsáveis pelo vírus, para desvalorizar empresas e assim dominar o mundo. O presidente da OMS virou comunista, por suas recomendações.

Eles não são apenas reacionária, mas fundamentalmente obscurantistas, é preciso o combate de ideias contra essa gente cega, radical e medíocre, muitos com PhD, mestrado, curso superior, acometidos por essa doença terrível que ameaça mais do que o Coronavírus, a Burrice Endêmica.

Então, algumas vezes, faço silêncio, pois vem da necessidade de segurar a onda, fortalecer o espírito para enfrentar um a um, esses complexos desafios. O quadro é agravado por uma conjuntura política francamente trágica, caótica, sem Democracia e Política. E assim, se somam às questões pessoais, perdas, mortes, doenças familiares, saúde, trabalho incerto. O que dizer de positivo, como compreender uma virada tão brusca?

A literatura continua sendo o refúgio, a necessidade de trazer os versos, as frases para o que vivemos, encontrar um sentido amplo para tudo pelo o qual passamos e sentimos, sem nos perdermos pelo caminho.

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