Arnobio Rocha Política A Narrativa da Lava Jato e a Contra Narrativa Necessária.

1783: A Narrativa da Lava Jato e a Contra Narrativa Necessária.


A Narrativa Lava Jato está sendo desmontada, Zanin é um dos grandes nomes desse combate.

A única relação da Operação Mãos Limpas com a Lava Jato foi a capacidade destrutiva que ambas tiveram da economia da Itália e do Brasil. E, obviamente, a crise institucional provocada por elas, levaram ao governo central desses países figuras como Berlusconi e Bolsonaro que desprezam a Democracia e a Política, em linha com o ultraliberalismo e a ruptura da extrema direita com o Estado burguês clássico.

A Itália disputava com a França, nos anos 80 e 90, o 2° PIB da futura UE, não é mera coincidência que, hoje, esteja longe dela e muito mais longe da Alemanha. Após a mãos limpas a evolução do déficit fiscal (1995-2015) foi de queda ano a ano, assim como a taxa de crescimento que raramente ultrapassa um por cento ao ano, a média é 0,70. São 25 anos em que a economia da Itália vem patinando, um atoleiro sem fim.

Na Itália não há o que comemorar, crise política permanente, corrupção e economia que não evoluiu em mais de duas décadas, como isso poderia ser paradigma positivo ao Brasil?

A herança legada pela operação mãos limpas, sem dúvida, foram as décadas do bunga bunga Berlusconi. O neofascista, dono da Globo local, tratou de desmoralizar as instituições e levou o país ao abismo, com o fim da Política e Democracia.

As revelações das relações intestinas entre o juiz/procuradores/PF demonstram de forma inequívoca o nenhum compromisso com a Constituição Federal, com o Estado Democrático de Direito e  com a dignidade humana. Confessam, entre piadas de mau gosto, que usaram de meios ilícitos para conseguirem delações, acessos ilegais à Receita Federal e ameaças à desembargadores e ministros do STJ e STF, com fim único: Prender o ex-presidente Lula.

O que já se sabia no meio jurídico, acadêmico e entre os poucos e abnegados jornalistas, era que Lava Jato era uma imensa FARSA. Talvez uma das maiores fraudes processuais que se tenha notícia na história.

O elemento central da Lava Jato foi a sua Narrativa, que era impecável, do ponto de vista de propaganda, cujo norte seria o combate à Corrupção e limpar as instituições.

A construção dessa Narrativa teve na mídia nacional sua âncora fundamental, assim como na Itália. O apoio editorial acrítico de 100% da mídia tradicional, nenhum fio solto, todos na mesma sintonia: Do editorial ao horóscopo, passando pelas colunas políticas e sociais, a mesma vibração, a produção de um “mito”, o ex-juiz Sérgio Moro.

O juiz-promotor-policial-ministro é um capítulo à parte, pois construíram a imagem de um sujeito discreto, longe da mídia, de badalações, para dar um ar de sobriedade. Em pouco tempo a sua imensa vaidade e ego, a idolatria cega dos procuradores a ele, inflaram o ego, da notinhas com artistas, jantares com subcelebridades, até a ida ao governo Bolsonaro, eleito por graça e feito da Lava jato.

Os diálogos da mensagens, agora tornadas públicas, acendem luzes, faróis altos, sobre essa figura menor, a sua baixa estatura não deixa a menor dúvida. Ambicioso, manipulador, sem compromisso com o devido processo legal, movido por um ódio atávico ao ex-presidente Lula.

A inveja que Lula desperta nele e nos procuradores é outro elemento que não deve ser desprezado, uma classe média bem-nascida com amplo acesso à Educação e Saúde de qualidade, não admite que alguém que veio de baixo, possa sonhar em levar o Estado àqueles que jamais tiveram acesso a nada. Pior, com relativo sucesso, tornou-se, Lula, um fenômeno mundial.

A Lava jato terá que explicar suas relações com os EUA, FBI e CIA, especialmente. A colaboração com a SEC que levou a condenação bilionária da Petrobrás graças aos documentos compartilhados.

Caso se comprove esse conluio promíscuo, é crime de lesa-pátria, pois é fácil deduzir que houve a desarticulação de setores da economia brasileira com presença mundial, como construção civil pesada, indústria naval e petroquímica, devida a forma de condução destrutiva da Lava jato, criminalizando as empresas, sem preocupação com empregos, com a economia e nem com o valor estratégico dessas empresas para o Brasil.

Diga-se, sem embargos, que não foi por mera coincidência, as ações da lava jato atenderam diretamente aos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA.

Por fim é importante denotar o comportamento da grande mídia, a fiadora-mor da Lava jato, continuam defendendo o indefensável, minimizando as revelações demolidoras dessas figuras tristes, vingativas e que atropelaram o Direito, em benefício próprio, sem preocupações republicanas com o Brasil.

Sistema Globo e Folha de S. Paulo trataram com desdém a importante decisão da Segunda Turma do STF que liberou o acesso às mensagens trocadas no âmbito da Lava Jato. Os vazadores e quem publicava, ambos não querem revelações de suas relações espúrias, ao arrepio da lei e da Democracia.

Como disse o Ministro Fachin “a lava jato não acabou, está apenas começando”, verdade, o Brasil merece saber tudo sobre a Lava jato e seus personagens.

É isso ou nada!

PS: Recomento fortemente o trabalho de portal GGN, do Luís Nassif sobre a Lava Jato.

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