Arnobio Rocha Política Abaixo a Carestia, a Fome e a Miséria!

1893: Abaixo a Carestia, a Fome e a Miséria!


Ossos: Tão pouco tempo atrás se comia picanha, hoje até osso é difícil comprar.

“De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta”
(Cálice – Chico Buarque/Gilberto Gil)

Um dos dogmas da Ditadura civil-militar, instalada no Brasil em 1° de abril de 1964, era o liberalismo econômico contra o “comunismo”, era preciso um Brasil grande e fazer crescer o Bolo (da Economia).

Esses regimes não têm, em regra, nenhum compromisso com o povo, com os mais pobres, os mais vulneráveis, os trabalhadores e com as classes médias (quase sempre sua base social ideológica), governam com força atendendo aos interesses restritos do grande capital, das corporações e dos bancos.

Aplicam políticas excludentes e de transferência das riquezas, para os mais ricos, na aparência de crescimento do “bolo”, na verdade de extrema concentração de rendas, o que leva à extrema pobreza, miséria absoluta e o achatamento das classes médias.

Pela força, no antigo regime, os opositores foram esmagados, sem espaço político ou por opções políticas de ruptura sem bases na realidade e apoio do povo. A Ditadura Militar-Civil começa a tremer quando das greves no ABC e pelos movimentos contra a miséria, contra a Carestia.

Aqui há uma identidade comum com o atual governo extremista de Bolsonaro e Guedes (um Delfim medíocre), ambos regimes governam apenas para os Ricos, perdem a noção dos preços, inflação e fome, as falas de um fantasioso crescimento, não esconde a explosão dos preços, do descontrole da inflação e sem nenhuma política econômica que possa conter o desastre.

O preço dos combustíveis, do gás de cozinha à gasolina, com aumento de mais de 50% em dois anos, mesmo os preços internacionais em queda, a dolarização dos preços é uma armadilha que demonstra a perda de capacidade de controlar os preços ao consumidor.

O efeito é deletério em toda cadeia produtiva, até em questões menores como a dificuldade de se pegar um Uber, pressiona o preço das tarifas dos transportes públicos, passagens de ônibus e aéreas.

O mais dramático, além do gás de cozinha, são os preços dos alimentos, o churrasco da laje de anos atrás, virou o desespero para comprar OSSOS nos açougue, para virar caldo, literalmente se rói o osso. Ir à feira livre, só na hora da “xepa”, pois o barato como preço de banana, nem esse é mais, afinal 10 reais por uma dúzia, ou 8 reais numa dúzia de laranjas, não está fácil pagar.

Os supermercados estão vazios, aquele fenômeno de mercados e shopping lotados, nem a pandemia explica o sumiço do consumidor, são os preços astronômicos, a malandragem empresarial de diminuir o volume dos produtos com o “mesmo” preço, caso de biscoitos, bolachas, papel higiênico, laticínios, ou mudança de qualidade de arroz, feijão, produtos básicos da mesa brasileira.

É fato inconteste de o Brasil empobreceu de forma acentuada nos últimos 5 anos, o emprego substituído pela subemprego, ou “empreendedor” uberizado, desemprego massivo ou precarizado, com todos os direitos retirados por Temer-Bolsonaro, a situação é catastrófica. Na outra ponta cresceu o número de bilionários no Brasil.

A luta principal hoje é contra a Carestia, contra os preços em forte alta, a Inflação descontrolada, que atinge os mais pobres e as classes médias, os preços de aluguéis, de serviços e consumo.

A luta política tem que ser vinculada ao que acontece na Economia, a base social do bolsonarismo está sendo minada não pela quantidade de imbecilidades faladas por ele ou Guedes, mas pela FOME, MISÉRIA e CARESTIA.

É isso!

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