Arnobio Rocha Reflexões Os Sabores Fakes numa sociedade em ruptura.

2081: Os Sabores Fakes numa sociedade em ruptura.


Um exemplo de fake, uma falsa capa da Time.

Vivemos numa sociedade Fake, definitivamente.

Em pouco mais de uma semana, o McDonalds cinicamente responde que o McPicanha, não era de Picanha, mas o molho dava a impressão da experiência do gosto de Picanha, retirou do cardápio, mas não deve demorar para “repaginar” o sanduiche que era vendido a preço absurdo e com um “toque de chef, gourmet” .

Agora a cadeia de lanchonetes concorrente do McDonalds, a rede Burguer King, também é obrigada a retirar do seu cardápio o Whopper de Costela, por não conter, Costela. Ou seja, deve ser mais uma vez a “experiência do sabor”, numa carne (sic) qualquer, que vai sendo transformada por molhos e de repente vira, Costela, Picanha.

Ora, mais honesto, nesse sentido, são os miojos, o pozinho mágico tem sabores mil, desde frango, passando por carne, até picanha, mas dizem claramente que são baseado nesses produtos, não que contenham frango, carne, de certa forma não enganam ninguém, sendo bons ou ruins.

Dessas questões inusitadas, o rapaz japonês que casou com uma “robô”, está descontente com a falta de interação e pediu divórcio, pode ser que seja fake. mas é uma é uma mentira deliciosa, factível, diria, mas num campos inofensivo, que vai mais para a galhofa.

É preciso lembrar que as fakenews não são invenções novas, ou da internet e das redes sociais, estas apenas as potencializaram e tiveram o dom de dar verossimilhança às notícias falsas, exatamente pela repetição, repercussão que causam, até a comoção, imagina uma cartilha “Kit Gay” ou uma “Mamadeira de Piroca”, surgida nas redes sociais e repetidas numa tv nacional ditas por um candidato à presidência da república? Viram “verdades”, nós que nos viremos para desmentir,

Aliás, é esse o viés maior da fakes, criar um fato com alguma aparência de verdade e de que seja plausível, depois, os atingidos que se expliquem. Ao contrário do que muitos pensam, as fakenews não são sobre questões improváveis (algumas são), mas daquelas que são possíveis e de difícil negação depois de lançadas, que mesmo negadas, geram dúvidas, pois parece coisa de opinião, como repetem, “cada um tem a sua”.

O escritor Fernando de Morais no seu livro (maravilhoso), “Corações Sujos”, relata sobre uma seita japonesa que negava a derrota do Japão na guerra, chegava a matar os membros da comunidade que admitiam a derrota. A rede era tão radical no negacionismo que criaram uma capa da revista Time-Life, em que o General MacArthur se rendia ao imperador Hiroito, exatamente o oposto.

Portanto, a falsificação da história, de episódios históricos, vem de longe, não podem ser atribuídos às redes socias, essas apenas reciclaram e amplificaram o conjuntos de mentiras, as mais perigosas e fatais, inclusive, sem nenhuma possibilidade de reparação, pois o filho do Lula, por exemplo, sempre será o dono da Friboi, terá mansões e Ferrari de ouro.

Lutemos!

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