Arnobio Rocha Reflexões A Consciência e os mistérios da vida.

2126: A Consciência e os mistérios da vida.


A vida nasce em lugares que jamais se pensaria, inclusive, a vida humana.

Nossas palavras, mais ainda nossas ações e exemplos, servem apenas para que nossos interlocutores possam refletir, quem sabe nos ouvir e interagir conosco, com nossas ideias e com as nossas práticas humanas. Nada mais que isso, pois qualquer mudança só acontece com o despertar interno. Estejamos certos de que ninguém muda ninguém, ainda que sejamos abnegados, lutemos muito por uma causa nobre e, por mais justa que seja, a adesão a ela continuará a ser por moto próprio.

A luta, a filosofia, o sopro interior, de consciência, é despertada individualmente, o passo inicial e decisivo para começar uma jornada, será sempre de cada um, por melhores que achemos que sejamos..

Aliás, é este intricado mistério humanos, o de o quanto somos ou de quanto vivemos, mesmo diante de um todo que nos oprime, ou que nos empurre para tomada de consciência de nossa real existência, de nossa temporalidade. A vida (tempo e lugar que ocupamos) é breve demais, nem temos consciência de elaborar, dimensionar o que cada um de nós é, ela acaba, um sopro, um tolo equilíbrio. Esta coisa nos assusta e nos impulsionar a fazer algo mais, ou nos paralisa para sempre.

Por outra via, objetamos que a vida humana (consciente) é uma coisa mágica, pois ela te traz todas as potencialidades que dela se consegue ter, os prazeres imensos, o conhecimento amplo, o amor, as coisas do mundo, as criações humanas/divinas, os encantos da natureza, da tecnologia. Mas, ao mesmo tempo, a vida é um permanente dolor, os medos, as doenças, a fome e a miséria a luta pela sobrevivência, a extrema fragilidade do nosso corpo. Ou seja, o ser humano é dual em tudo e mais ainda em si mesmo, carregamos problemas e soluções, dos mais simples aos mais complexos, esta é a lógica mais dura que tentamos compreender no viver.

São tantos os caminhos seguidos e perseguidos, mas ainda tão insignificantes, quase nada justificando o viver da humanidade, a lógica da criação, de onde efetivamente viemos e menos ainda compreender o porvir, ou se o que fazemos hoje vai alterar qualquer coisa nesta janela incerta. A consciência destas limitações humanas pesa profundamente no agir, no que se intenta da vida, só não pode (nem deve) nos sufocar, para que não percamos a vontade de ir em frente, rumo ao desconhecido.

O viver, o lutar, sempre nos desafiará e queremos conquistar as pessoas que nos cercam para causas, que julgamos nobres e necessárias para as nossas existências.

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