Arnobio Rocha Reflexões Sufocar os sentimentos.

2128: Sufocar os sentimentos.


A beleza deslumbrante do Rio de Janeiro como bálsamo.

A dor no peito, no coração, bate tão forte às vezes que não sei se ele aguenta, a saudade aperta, aperta, machuca, do nada, ou de todos os lugares, ela vem, açoita minha mente, os olhos marejam, noutras vezes, nem lágrimas vertem, mas a garganta sente fechar, o choro e a perda da voz, da incapacidade de gritar e explodir.

A incompreensão será eterna, ou enquanto respirar, ou tiver consciência de vida, será impossível entender, muito menos aceitar o que aconteceu, por mais silêncio  que faça, nada escreva, que aparentemente seja um esquecimento, na maiores das vezes é apenas um tormento, um sufocar de sentimentos, que mais dói do que tranquiliza.

A necessidade de falar, escrever, berrar, não mais segurar aquilo que pode nos matar de tristeza, mesmo entre sorrisos e fingimentos, o que a vida pede, e sobrevivência determina, que assim seguimos, para não contrariar os que em volta exigem que sejamos, ou aparentemos, felicidade, seja lá o que isso pode significar.

Embasbacado com a beleza do Rio de Janeiro, nesses dias de trabalho, não pude deixar de lembrar das vezes em que viemos aqui, de como essas maravilhas da natureza nos encantou, todas vezes, uma espécie de renovação de sentimentos, que pode aplacar a dor e a saudade.

A força da natureza, exotismo e exuberância, funcionam como uma redenção, reconciliação e vida.

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