Arnobio Rocha Reflexões Obscurantismo Mundial

1420: Obscurantismo Mundial


Quantos livros serão queimados? Quantos corpos impuros serão purificados nas fogueiras?

“Só deixei no cais a multidão,
A terra dos mortais,
A confusão,
Navego sem farol, sem agonia… distante;”
(O Navio – Madredeus)
Como exigir um mundo perfeito e cheio de luz, felicidade e alegria, se ele é composto por 99,99999% de pessoas absolutamente comuns, medíocres? Esse é mesmo número de pessoas que não sabem o que virá no dia seguinte, se terão trabalho, comida, roupa ou ainda que nada lhes garanta (sobre) viver. Essas são questões centrais que poderiam servir de reflexão sincera sobre os males que atingem a civilização.
 
Somos reflexo daquilo que realmente somos, não daquilo que achamos que somos ou que deveríamos ser. A escuridão está, primeiro, em nós mesmo, depois, nos que estão perto de nós. Raramente teremos ao lado, um daqueles 0.00001% que atingiu 11% da capacidade cerebral, portanto saiba que, você e eu e tantos outros bilhões somos apenas passageiros dessa terceira classe do Titanic.
 
Como pensar em algo diferente de Temer para dirigir o Brasil, ou um Trump nos EUA? O que nós, ou eles, fizemos para merecer destino melhor do que sermos dirigidos por essas duas nulidades? Alguma surpresa com o quarto mandato da Sra Merkel, ou de que a extrema-direita nazista é a terceira força na Alemanha, aquela mesma de Hitler, a história se repetindo como farsa.
 
Calibrar as expectativas é o maior problema para quem pensa que ser alguém “superior”, não tendo a real noção da desgraceira do mundo em que vivemos. Infelizmente, não vai aparecer nenhuma nova “mente brilhante”, ou é cada vez mais raro, algo genial.
 
Melhor nos acostumamos ao comum, ao normal, sem deuses ou entidades etéreas que salvem esse errante, talvez único do universo, que por usar umas notas acimas dos demais seres vivos, se sente muito superior.
O Bom (ou seria Mau?) Selvagem até que se sofisticou, poliu-se, mas em essência permanece o mesmo bruto, pois é ele (a) que mata o outro (a) por qualquer disputa, que viola a sexualidade alheia, que se impõe pela força, raramente pelas gotas de inteligência.
Numa época de bilhões de seres “humanos”, as exceções são ainda menores, difíceis de achar, pior, de identificar; nem podemos comparar com outros momentos, quando um Leonardo da Vinci, um Galileu, um Dante, um Homero, um Alexandre Magno se sobressaiu, mas aquilo era algo, proporcionalmente, palpável, o que seria hoje?
Vivemos um obscurantismo generalizado, as trevas e as sombras, impedem o sol, o fogo de Prometeu se apagou, quase nada se ilumina.
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