Arnobio Rocha Esportes Pelé, o Heroi de um Povo

2215: Pelé, o Heroi de um Povo


Pelé, o Rei do futebol

Pelé é um ser mitológico que se encaixa perfeitamente no arquétipo grego do herói, aquele que é o intermediário entre os homens e os deuses.

A trajetória de Pelé é de um herói, muito cedo suas qualidades especiais se revelam, pois se destina a ser o representante de um povo, uma região e seus feitos serão cantados em versos e prosas por gerações.

Dito isso, vamos chover no molhado, afirmando: Ninguém é maior que Pelé no futebol, aliás, Pelé virou sinônimo de excelência nos esportes, referência de qualidade e genialidade.

Pelé fez nos gramados do mundo inteiro a maior propaganda positiva sobre o “selvagem” Brasil. Pelé é ainda no rosto mais identificado com o Brasil, por sorte é um rosto negro, o que é uma mensagem inequívoca de nossas origens. Aliás, os três maiores gênios dos esportes, Pelé, Jordan e Bolt, são negros, um tapa na cara dos racistas do mundo.

Pelé é o homem de todas as jogadas, de todos os gols, dos dribles desconcertantes e de ter se antecipado em décadas sobre a necessidade de ter condições atléticas perfeitas.

Ele unia velocidade, precisão, força e visão antecipada do que faria com a bola, sem precisar olhar para ela, a classe e elegância de ter a cabeça erguida, impunha pavor aos adversários.

Suas qualidades excepcionais, sua inteligência de atleta era muito superior aos demais, tudo que fazia com a bola parecia tão simples, isso sem equipamentos de excelência e tecnologia atuais.

Pelé se construiu como alguém a ser reverenciado em qualquer campo, a camisa branca do Santos, a Amarela ou azul da seleção, o 10, porque ele é a nota máxima.

O herói é exagerado e suas atitudes são incompreendidas, pois ele também é humano e tem suas enormes contradições, mesmo as que possamos objetar como vis, não lhe tiram a condição de herói e humano.

Faz parte da jornada do herói o seu fim, doloroso, muitas vezes trágico, julgado, triste e sozinho, suas dores e vida escrutinadas com cores mais fortes, por inveja ou exigência de seja um deus perfeito, esquecemos que ele é também humano.

A dualidade Edson e Pelé, produziu erros para as nossas regras morais, mas a condenação muitas vezes é feita sem olhar para dentro de nossas limitações e falhas.

Pelé é brasileiro, negro, homem, machista, contraditório e bem abaixo dele, sou um igual.

Isso não muda o tamanho e a imensidão de Pelé.

Obrigado, senhor do futebol, rei, herói ou apenas Pelé, pois com esse nome, nada precisa ser explicado.

Ele é, Pelé!

 Save as PDF

Deixe uma resposta

Related Post