A Arena Corinthians, um lugar sagrado
Há dois meses tento renovar a CNH, parecd muito simples, tudo pela internet, mas na prática a teoria é outra, mesmo para quem tem costume com as armadilhas do tudo online.
Morando em Brasília, mas com a vida civil em São Paulo, sobra o fim de semana quando é possível vir, então na primeira tentativa, apenas o Poupatempo de São Bernardo do Campo tinha disponibilidade, foi uma roubada, cheguei uma hora antes do horário marcado, no entanto, fizeram esperar o horário para o prévio atendimento, na triagem não viram erro, mas no atendimento não aceitaram fazer a renovação por erro na escolha da opção do site.
Um mês depois, marco para o Poupatempo de Itaquera.
Acordo cedo, metrô vazio, da praça da árvore à Sé, baldeação, rumo à Itaquera, terra sagrada do timão, passando por Tatuapé, é como no mesmo dia visitar Meca e Medina, Vaticano e Fátima, Isé e Kamakura.
O metrô para Itaquera é uma viagem no tempo, pela zona leste, zona lost, querida ZL, Brás, Mooca, Tatuapé, Penha, Itaquera, a São Paulo raiz, nordestina, carcamana, diferente e síntese de povo.
Ando muito emocional, mas é uma aventura e uma oportunidade revisitar meus passos por minha cidade amada, maltratada, o encanto e a miséria se dão nos vagões do limpo metrô, pedintes, vendedores, um pastor que prega a palavra para ninguém, ou para um Deus distante dessa gente sofrida.
Vejo a Arena Corinthians, que um dia vi como um terreno sem nada, transformada em monumental estádio, já se foram 10 anos, um marco para o “povo escolhido”, do bando de lokos e gente simples.
A ida, o rápido atendimento, a volta, é mais que uma viagem, é um sentimento, um amor incondicional e incontido por São Paulo e suas gentes, suas coisas e suas surpresas.
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