Arnobio Rocha Crônicas do Japão Japão 2017 Vol. IV: O que é Imperdível? Parte I

1392: Japão 2017 Vol. IV: O que é Imperdível? Parte I


A noite em Tóquio parece mais viva com tantas cores, mas é demais a poluição visual

Aos poucos vamos publicando nosso diário de viagem ao Japão (Japão: A Viagem em Números e Japão: Hotel, Transporte e Internet , Japão: Café, Comida, lanches.). Para quem sabe ajudar a quem sempre quis ir ao interessante país do sol nascente, mas tem medo, receio pelas imensas diferenças culturais, língua, distância, comida ou ambientação.

Vá, não se arrependerá, pois é uma viagem apaixonante e hoje bem menos dispendiosa do que a 20 anos, os preços das passagens, hotéis, comida. Além de ser uma experiência inesquecível, o que acho que minha filha teve, levará por muitos anos, como algo fenomenal. Minha experiência anterior e de planejamento de viagens ajudou bastante, mas nada que a internet e o google maps não facilite.

Nesse volume I falaremos sobre o dia-a-dia enfrentado e o que visitamos de especial em cada dia. Chegamos meio no atropelo devido o voo ter sido desviado para Nagoya, acabamos chegando ao hotel, ao invés das 21 horas do dia 20/02, às 3:20 do dia 21. Dormimos muito pouco no primeiro dia, já acordamos e fomos “para guerra”.

Pegamos a Yamanote Line,uma linha circular de trem que tem 31 estações de paradas que circunda a cidade de Tóquio em todos seus quadrantes. Fomos de Ueno para Shinjuku, pois a Luana precisava comprar uma bota para enfrentar o frio, ela queria uma da UGG. Olhamos no google e indicou que havia uma loja em Shinjuku, outra em Harajuku e uma terceira em Shibuya. Todas elas relativamente perto.

Entre Shinjuku e Ebisu, um conjunto de cinco estações de trem que concentra uma importante região de lojas e restaurantes, lojas de alto luxo, também as pequenas e variadas lojas alternativas, estilo geeks e descoladas, especialmente em Harajuku, a meca dessa galerinha. Aliás, lá foi o lugar que a Luana mais gostou, falaremos mais e com detalhes em outro post.

Descemos em Shinjuku e andamos e andamos por suas belas ruas, seguindo as indicações do google maps (não tão preciso lá). Procuramos muito pelo endereço da UGG, nada. Acabamos numa galeria de lojas, algo como a galeria do rock, uns dez andares, com muita coisa para ver e pouco para comprar. Valeu pela andança no bairro, com aquele frio, nem suamos.

Resolvemos voltar para estação e seguir de trem para Harakuku, segundo endereço da loja. Descemos a famosa Omotesandō Street, uma ampla avenida com lojas de marcas famosas, como também de pequenas lojas, cafés, lojas de conveniências e bons restaurantes. Intensa circulação de pessoas, de carros, bicicletas (que andam nas calçadas, sem ciclovia) e muito barulho.

Andamos muito pela avenida e no local indicado: Shopping fechado para reforma. Frustrante. Recorremos ao maps mais uma vez, só restou uma loja em Shibuya, uns 2 km que resolvemos ir a pé. Que passeio espetacular, olhas as fachadas, os prédios, as pessoas nas ruas, o movimento frenético e nós dois ali sem pressa. Enfim, achamos a loja.

Resolvemos procurar a Chacott, loja de produtos para Ballet, que aparentemente era nas imediações, passamos a andar em Shibuya, almoçamos num restaurante (ruim) italiano/japonês. Shibuya há uma concentração enorme de prédios e shoppings, ou loja de departamentos, alguns começam num prédio, passam para outro e às vezes chegam a três ou quatro prédios, de uma única marca.

Encontramos a Chacott, que não fica longe da estação de Shibuya, numa rua bonita com prédios mais baixos e mais bonitos.

Saímos de lá e fomos para Akihabara, novamente pegamos a Yamanote line. Quase fechando um círculo completo. Akihabara é o bairro dos eletrônicos. Nos anos de 1990, quando morei no Japão, a nossa maior diversão era ir aos sábados ficar subindo e descendo os enormes prédios com todas as novidades de eletrônicos. No fim do dia assistir ao espetáculo das fachadas com os painéis de neon.

Hoje Akihabara lembra a Santa Ifigênia, nada mais é novidade, as lojas como a Laox, continuam lá, mas nada muito interessante, nem celulares diferentes, ou computadores, tablets especiais. Foi decepcionante, voltar a um lugar meio decadente. A noite é iluminada pelos imensos painéis de led, mas nada demais.

Resolvemos voltar de Akihabara até Ueno a pé, apesar do frio que se intensifica a noite. Queríamos passar por Okachimachi, com suas ruas estreitas com lojas de venda de todo tipo de produtos. Ainda em Akihabara fomos aconselhados a tomar cuidado com bolsa e celulares, região perigosa. Mas fomos assim mesmo, cansados e fomos até lá.

Tínhamos que ir conhecer a Uniqlo de Okachimachi pois precisávamos comprar mais roupas de frio e lá era uma grande loja da marca, com preços e produtos bacanas. Realmente valeu a pena, o passeio e a loja, o clima da noite, andar por aquelas ruas, começando por uma larga avenida e sair para vielas, estranhas, parecendo um grande camelódromo popular.

Voltamos a pé ao hotel em Ueno, que é vizinho de Okachimachi. Para finalizar o dia, fomos comer no pequeno Hard Rock Café da estação de Ueno. Bom sanduíche, música e local. Um dia muito bem aproveitado para dá uma boa impressão de Tóquio para Luana, pois no dia seguinte, seguimos para Osaka, cenas dos próximos capítulos.

 Save as PDF

One thought on “1392: Japão 2017 Vol. IV: O que é Imperdível? Parte I”

Deixe uma resposta

Related Post