Arnobio Rocha Reflexões Relações Humanas ou Mercadoria.

1891: Relações Humanas ou Mercadoria.


A vida é um deserto sem fim.

Caminhando entre pensamentos (bons e ruins), meio que perdido nas enormes incertezas do tempo corrente, quase sempre busco no passado, ou na literatura alguma resposta plausível para sentimentos tão contraditórios, em que as forças em combate que de tanta lutar vão se anulando, ou, no limite, esgotando as energias vitais para vida real.

As somas têm tido resultados negativos.

Acossados pela dura realidade, com as perdas de amigos, pessoas tão próximas que partem, e nos  deixam um imenso vazio existencial, ficamos ruminando numa dor sem cura, cada morte, uma nova ferida que se abre.

As reflexões me levam ao impasse de não ter como saber distinguir quem está conosco de verdade, ou apenas se aproximam por conveniências, e é risível, pois, logo de quem nada tem a oferecer, como é meu caso, definitivamente. Nada tenho, em nenhum campo, rapidamente descobrem e se vão, como chegaram.

Esse mundo de “trocas” em que os sentimentos, assim como as demais relações, são de consumo/mercado, raramente há relações que não obedeçam essa lógica cruel. Essa condição torna a vida mais difícil, pois quem não tem “valor” de troca é descartado, não há tempo a perder, tempo é dinheiro.

E assim seguimos, em mais um domingo que morre num piscar de olhos, a semana chega para mais luta pela sobrevivência se estabeleça, num ciclo sem fim, principalmente com a certeza de que nem aposentadoria teremos, é trabalhar até o suspiro final.

Por enquanto é isso, não sei depois.

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