As apostas sempre existiram, mas ganharam uma dimensão de negócios, maiores do que o Futebol.
Essa febre de sites de apostas, diretas ou indiretamente, vai acabar a (pouca) credibilidade do futebol, no Brasil e no Mundo?
Os sites de apostas patrocinam clubes, campeonatos, ligas, redes de tvs e apareceram como nova fronteira de fonte renda para clubes, federações e ligas, mas qual verdade há por trás desses bilhões? Qual a origem desse dinheiro? As apostas corrompem federações, ligas, clubes, dirigentes, técnicos e jogadores? E as TVs/Mídias como participam do Esquema?
As operações recentes da Polícia Federal e do Ministério Público do Brasil, denominada de “Penalidade Máxima” (1 e 2), começaram a jogar luzes no que está em jogo, ao tentar desvendar o submundo dessas apostas, as mais variadas e loucuras no que se aposta que não seria possível sem a participação ativa de pelo menos parte dos envolvidos, por enquanto, apenas os jogadores estão sendo expostos.
Da “inocente” loteria esportiva para esquemas sofisticados de apostas em rede, na internet, com cardápio variado e bilionário, obviamente cria-se uma janela de “oportunidades” para se ganhar (ou perder) dinheiro, de pequenos apostadores, que não percebem o tamanho dos tubarões, aos grandes negócios sujos, ou o que mais tenha por trás, lavagem de dinheiro de drogas, corrupção.
O jogo de futebol (ou qualquer esporte) não é de azar ou de sorte, em tese, é de competição profissional, que sem as apostas já movimenta bilhões, com elas acrescentam uma zona cinzenta e incerta de mais bilhões.
Os torcedores acreditam na boa-fé das competições, dos jogos, das estrelas envolvidas, mas quando elas aceitam suborno, aparentemente tolo, como levar um cartão no minuto “combinado” ou fazer pênalti proposital, que a equipe perde, mas o jogador ganha, isso muda a percepção do público.
A farsa levará (ou não) a descrença total no esporte, matar sonhos e paixões, pois ao se corromper resultados, não se saberá quem realmente venceria numa disputa limpa, sem esses atalhos e artifícios.
É o fim do esporte, mesmo do “profissional”? Quais as soluções viáveis para se combater o crime e ou ações criminais no esporte?
É possível se banir esses sites da internet e os esquemas de apostas em rede? Ou se poder criar uma ambiente de transparência em toda a cadeia envolvida, com relatórios públicos, acesso às informações e os tipos de apostas? Caso não, ainda há mais ponto de retorno? Redes imensas de TVs/Mídias de escala global tendo como seus patrocinadores justamente os sites de apostas não é uma distorção, um incentivo ao vício e às apostas (viciadas)?
A defesa é a paixão pelo esporte, a mais limpa e dentro das quatro linhas.
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