Arnobio Rocha Política Bolsonaro Não quer Golpe agora, mas Inviabilizar as Eleições de 2022

1884: Bolsonaro Não quer Golpe agora, mas Inviabilizar as Eleições de 2022


O Golpe é contra as próximas eleições, inviabilizar 2022.

“Loucura embora, tem lá o seu método” (Hamlet – W. Shakespeare)

A marcha da insensatez de 7 de setembro de 2021 foi construída por um governo acuado politicamente, pela queda vertiginosa de popularidade, fruto da completa e absoluta incompetência de Bolsonaro, um político medíocre, do baixo clero, que por uma série de coincidência desastrosa, chegou à presidência, sem nenhum preparo, sem partido, sem projeto, um vazio de ideias.

Bolsonaro é o resultado final da onda neoconservadora dos anos 10 que tomou conta do mundo, como sendo resultado da devastadora crise econômica de 2008, que colocou em xeque dois valores fundamentais da sociedade burguesa: Democracia e Política. A saída de recomposição do Capital foi dizimar o Estado, especialmente os direitos e conquistas de décadas do pós-guerra.

Surfando essa onda, Bolsonaro, venceu de forma surpreendente as eleições de 2018, com uma ampla rede mentiras e de valores medievais, de radicalismo cristão e anticientífico. Ao assumir o governo se tornou evidente a incapacidade política, intelectual e cognitiva de Bolsonaro, as desastradas falas, as decisões contra os direitos sociais, trabalhistas e ataques aos direitos humanos.

O desastre anunciado, se tornou tragédia, com a Pandemia.

Bolsonaro lutou diuturnamente contra qualquer medida de combate à pandemia, inclusive, contra os governadores e prefeitos que lutavam contra a doença que ceifou quase 600 mil brasileiros e brasileiras. A ignorância cultural e  o desprezo à ciência, levou o país ao caos, não apenas pela pandemia, mas pela inoperância econômica, a economia em frangalhos, a inflação descontrolada, desemprego, fome e miséria.

O país está em queda, entretanto o presidente, que passa o dia no twitter, tem grande apego ao poder e não quer de forma alguma abrir mão de continuar no governo, com ou sem eleições, então, com sua popularidade em queda, passa arquitetar um plano claro de “melar” as próximas eleições, temendo uma grande derrota.

Para tanto, começou a questionar as eleições alegando fraude, inclusive, da sua própria eleição, exigindo o esdrúxulo “voto impresso”. Derrotado, vai para o ataque direto ao STF, especialmente contra Alexandre de Moraes, não por mera coincidência, pois o ministro presidirá as eleições, pois será o presidente do TSE.

A tática não é um Golpe direto, Bolsonaro, subiu o tom ao extremo, mas de fundo quer apenas pautar as próximas eleições, portanto, retirar o ministro Alexandre de Moraes de cena é uma questão que passou a ser fundamental para o palanque de ruptura de Bolsonaro, e um álibi para não aceitar o resultado das próximas eleições, pois corre o risco de nem ir ao segundo turno, a saída gritar:

Fraude, fraude e fraude.

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